Não há pachorra para tanta hipocrisía!
Ficar com comida dá despedimento
Maria foi despedida da cantina de uma escola em Vila Nova de Gaia por ter levado para casa comida que iria para o lixo. A funcionária, com poucos recursos, aproveitava as sobras do dia para dar de comer aos cinco filhos.
Esta é uma das várias situações registadas pelos sindicatos do sector, que acusam as empresas privadas de fornecimento de refeições de falta de solidariedade. "São as mesmas empresas que apoiam a campanha nacional Direito à Alimentação", diz Francisco Figueiredo, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Hotelaria, Turismo, Restauração e Similares.
A funcionária da cantina escolar vive agora com grandes dificuldades para sustentar os cinco filhos. Outra colega, Filomena Martins, que trabalha na Escola Alcaides de Faria, em Barcelos, tinha pão e sopa no cacifo e está suspensa de funções, com um processo disciplinar em curso. Na cantina da Portucel, em Setúbal, uma das trabalhadoras foi revistada na segunda-feira, à saída, e como tinha sobras na carteira, está também suspensa e ameaçada de despedimento. "É uma trabalhadora com filhos e que vive com carências", disse ao CM o sindicalista da zona Sul, Inácio Astúcio.
No caso de Filomena Martins, não foi a necessidade que a levou a ficar com as sobras, mas as consequências foram também o processo disciplinar. "Saía tarde e demorava uma hora a chegar a casa. Às vezes trazia uma sopa para comer. Em Novembro, a inspecção da empresa foi revistar os cacifos e apanhou as sobras", explicou ao CM a funcionária da cantina da Escola Alcaides de Faria. Outras duas colegas na mesma situação não contam com a renovação dos contratos.
"A questão é que, em todos estes casos, a comida tinha como destino o lixo. É absurdo despedir pessoas que levam sobras para dar de comer aos filhos", diz Francisco Figueiredo. O sindicalista refere que, na maioria dos casos, são trabalhadoras da Eurest, uma das empresas concessionárias de cantinas. O CM tentou, sem êxito, contactar com responsáveis da Eurest.
Ficar com comida dá despedimento
Maria foi despedida da cantina de uma escola em Vila Nova de Gaia por ter levado para casa comida que iria para o lixo. A funcionária, com poucos recursos, aproveitava as sobras do dia para dar de comer aos cinco filhos.
Esta é uma das várias situações registadas pelos sindicatos do sector, que acusam as empresas privadas de fornecimento de refeições de falta de solidariedade. "São as mesmas empresas que apoiam a campanha nacional Direito à Alimentação", diz Francisco Figueiredo, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Hotelaria, Turismo, Restauração e Similares.
A funcionária da cantina escolar vive agora com grandes dificuldades para sustentar os cinco filhos. Outra colega, Filomena Martins, que trabalha na Escola Alcaides de Faria, em Barcelos, tinha pão e sopa no cacifo e está suspensa de funções, com um processo disciplinar em curso. Na cantina da Portucel, em Setúbal, uma das trabalhadoras foi revistada na segunda-feira, à saída, e como tinha sobras na carteira, está também suspensa e ameaçada de despedimento. "É uma trabalhadora com filhos e que vive com carências", disse ao CM o sindicalista da zona Sul, Inácio Astúcio.
No caso de Filomena Martins, não foi a necessidade que a levou a ficar com as sobras, mas as consequências foram também o processo disciplinar. "Saía tarde e demorava uma hora a chegar a casa. Às vezes trazia uma sopa para comer. Em Novembro, a inspecção da empresa foi revistar os cacifos e apanhou as sobras", explicou ao CM a funcionária da cantina da Escola Alcaides de Faria. Outras duas colegas na mesma situação não contam com a renovação dos contratos.
"A questão é que, em todos estes casos, a comida tinha como destino o lixo. É absurdo despedir pessoas que levam sobras para dar de comer aos filhos", diz Francisco Figueiredo. O sindicalista refere que, na maioria dos casos, são trabalhadoras da Eurest, uma das empresas concessionárias de cantinas. O CM tentou, sem êxito, contactar com responsáveis da Eurest.
"CAMPANHA DOS PATRÕES É UMA HIPOCRISIA"
A campanha Direito à Alimentação, promovida pela Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), destina-se a aproveitar as sobras na hotelaria e restauração. Foi lançada em 10 de Dezembro e apadrinhada por Cavaco Silva.
A AHRESP representa também as empresas que fornecem e confeccionam as refeições nas cantinas escolares. O sindicato dos trabalhadores do sector manifestou-se ontem frente à AHRESP a contestar a campanha. "É uma grande hipocrisia", diz o sindicalista Francisco Figueiredo.
In: "CM" de 23-12-2010
Sem meias palavras: A puta da hipocrisía e caridadezinha dos patrões da hotelaria e restauração, enoja!
E já agora, o que terá a dizer sobre isto o candidato presidencial Cavaco Silva? Soube aparecer desavergonhadamente (visto ser ele um dos grandes responsáveis pela pobreza de milhares e milhares de portugueses) a patrocinar a campanha destes hipócritas. E agora, vai pronunciar-se sobre isto?
publicado por vermelho vivo
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