Dois terços da ajuda anticrise foram parar ao sector bancário
Por João Ramos de Almeida (O Público)
As ajudas aprovadas em 2009 pelo Governo para combater os efeitos da crise internacional em Portugal foram absorvidas pelos bancos e pelas empresas. Segundo o parecer do Tribunal de Contas sobre a Conta Geral do Estado desse ano, ontem divulgado, 61 por cento dos 2,2 mil milhões de euros foram para a banca, 36 por cento para as empresas e um por cento para o apoio ao emprego.
Contra a expectativa do Governo de que a crise na Europa - desencadeada em Setembro de 2008 com a falência da firma Lehman Brothers - não tocaria Portugal, a crise (só para alguns, digo eu) marcou o exercício orçamental de 2009.
O défice saltou de 2,9 por cento do PIB em 2008 para 9,3 por cento no final de 2009. Mas, desse agravamento de 6,4 pontos percentuais, apenas 22,4 por cento se deveram à aplicação das ajudas. O maior contributo veio da quebra das receitas, em resultado de uma travagem da actividade económica às quatro rodas. ...
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