Aqueles que continuam a acreditar que o Homem ainda é capaz de se dedicar, desinteressadamente em termos materiais, a uma função de utilidade pública, são olhados com desdém e considerados simultaneamente como utópicos visionários ultrapassados por uma realidade que recusa qualquer tipo de idealismo humanista. Aqueles que pensam existir ainda, por debaixo da atitude generalizada do individualismo interesseiro, um apelo, em todos os seres humanos, a uma relação desinteressada e solidária, provocam o riso gozado dos chamados «realistas» e poderosos, ou simplesmente daqueles que nos ventos do «pensamento único», entendem ter a história chegado ao fim, rematada pelo incorrigível neoliberalismo defensor do lucro financeiro a todo o transe.
Boa vontade, acção desinteressada sem contrapartida financeira, realizada voluntariamente, referida a si próprio e aos outros, com a finalidade de construir uma vida melhor, em que o indivíduo se sinta e seja, de facto, um actor no interior da dinâmica social democratizadora: eis os termos em que se coloca a posição da maioria dos dirigentes do Movimento Associativo Popular (e não só!).
Boa vontade, acção desinteressada sem contrapartida financeira, realizada voluntariamente, referida a si próprio e aos outros, com a finalidade de construir uma vida melhor, em que o indivíduo se sinta e seja, de facto, um actor no interior da dinâmica social democratizadora: eis os termos em que se coloca a posição da maioria dos dirigentes do Movimento Associativo Popular (e não só!).
Adaptação e citação de um texto de Melo de Carvalho