domingo, 26 de setembro de 2010

Poema de Amizade




















Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.

Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,
Um de outro se há-de lembrar.

Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.

Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.

Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente.
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.

Há duas formas para viver a sua vida:
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.

Albert Einstein

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Poema para os "putos"

“NETOS”

Resgate de momentos...
Que porventura não vivemos...
O melhor dos sentimentos...
Que eles nos proporcionam!!!

Filhos de nossos filhos...
Que nem precisamos cuidar...
Apenas nos preocupamos...
Em abusar de amar!!!

Sorrisos escancarados...
Com a alma lavada...
Os deixamos mal acostumados...
Estragamos a molecada!!!

Pedaços de esperanças...
Presentes de nossos filhos...
Maravilha de crianças...
Levando-nos a novos desafios!!!

Por fim lindos momentos...
Que teimamos em não esquecer...
O melhor dos sentimentos...
É amar até morrer!!!


E M Ribeiro

sábado, 11 de setembro de 2010

O meu aplauso!

(Concordo com este pequeno texto de Nuno Saraiva, no DN de 11.9.2010)

A União Europeia e a soberania dos Estados membros


É um facto que a União Europeia não pode pactuar mais com governos desonestos, como o grego, que falsearam as suas contas nacionais, ou com governos incompetentes, como o português ou o espanhol, incapazes de controlarem as suas contas públicas. Mas obrigar os países membros a submeterem os seus orçamentos ao visto prévio de Bruxelas é um atentado à soberania dos Estados. Além de que, no que diz respeito a Portugal, viola a Constituição, que determina que a aprovação do OE é uma prerrogativa específica e exclusiva da Assembleia da República.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Poema: HISTÓRIA DO SR. MAR de Matilde Rosa Araújo

(Dedicado à neta Isabel)


HISTÓRIA DO SR. MAR


Deixa contar...
Era uma vez
O senhor Mar
Com uma onda...
Com muita onda...

E depois?
E depois...
Ondinha vai...
Ondinha vem...
Ondinha vai...
Ondinha vem...
E depois...

A menina adormeceu
Nos braços da sua Mãe...

Matilde Rosa Araújo, O Livro da Tila

É vergonhoso!


ECOFIN – Não gosto desta União Europeia! Posso?






Este belíssimo grupo de trastes são os que trastam, perdão, tratam das Finanças dos países da União Europeia. Alguns deles estão numa coisa que se chama ECOFIN. Essa coisa, mais propriamente alguns dos ministros das finanças, decidiram unanimemente que os Orçamentos de Estado dos diversos Estados membros, passarão a ser vistos e aprovados por eles, antes mesmo de serem mostrados aos parlamentos nacionais para “discussão e aprovação” (???).


O "nosso", digamos assim... Governo, o PPD-PSD, o CDS e todo o harém somado aos eunucos que formam a imensa e bem paga comitiva do “arco da governação”, da ideologia dominante e seus subprodutos, ficaram muito satisfeitos.


Os do costume (que estão sempre contra tudo) já disseram que isto é «um grave atentado à soberania nacional e uma evidente subversão da Constituição da República (nomeadamente da alínea g) do artigo 161.º, sobre a competência política e legislativa da Assembleia da República, e do artigo 164.º, sobre reserva absoluta de competência legislativa, que na sua alínea r) explicita o regime geral de elaboração e organização dos orçamentos do Estado)»… e mais coisas que poderão ler se seguirem o link, resumindo… estão contra!


Felizmente, não estão sozinhos na contestação deste atentado à dignidade dos Parlamentos e dos próprios países da União. Mais pessoas e organizações, cada qual à sua maneira, não aceitam este ataque à soberania nacional, ao Parlamento, à democracia. Até o candidato Manuel Alegre acha que a medida, vá lá... «belisca a Constituição»... sendo imediatamente contestado por Vital Moreira (a fazer de conta que não sabe que um Orçamento de Estado é uma ferramenta ideológica ao serviço de opções políticas... em vez de mera contabilidade) e embora me pareça que o poeta apenas se serviu disto para, ele próprio, dar uma beliscadela em Cavaco Silva.


Fico a magicar... faltará muito para que os resultados das eleições em cada país tenham que ser mostrados em Bruxelas, apenas sendo divulgados se os resultados agradarem à Comissão Europeia e só então poderem ser formados os governos e parlamentos? ...

(copiado do blog CANTIGUEIRO)

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Sobre a Festa, onde não vou estar

Façam as contas que quiserem. Digam e escrevam que foram muitos ou poucos, os presentes na Festa do Avante. De uma coisa tenham a certeza: houve muitos milhares de militantes partidários e activistas politicos que não estão, não foram nem vão, mas que continuam dispostos a lutar por muitas das causas que percorrem a Festa.

Mas, relativizando as coisas, o inverso também é verdadeiro. Anda por lá muita gente que não vai “mexer uma palha” na luta politica e social por uma sociedade mais justa.

É cá uma ralação!

Não me imaginava tão dependente dos confortos tecnológicos da actualidade. Assim foi ao longo dos anos, mas em cada época o seu utensílio/ferramenta.

Fui acumulando vivências tristes. Para além de não conseguir concentrar-me, passei a não dormir e/ou a ter pesadelos. Foi assim quando me “furtaram” uma esferográfica; quando parti o aparo de uma Parker; quando me roubaram umas botas de futebol; quando se avaria um carro; quando falta a água ou a energia eléctrica.

Desta vez e nos últimos dias fiquei com o equipamento informático amputado de algumas funções. É cá uma ralação!

"... espécie de breviário da resignação..."

O extremo da aberração
por BAPTISTA-BASTOS 01 Setembro 2010



Há receitas para a felicidade?", perguntava, no Diário de Notícias, num dos seus habituais excelentes artigos, o padre Anselmo Borges. É uma busca quase desesperada, esta, que o ser humano empreende desde a idade da razão. O caminho para Deus é uma das hipóteses; a hipótese religiosa, bem entendido. Mas, pergunto, a hipótese política não conterá, em si mesma, algo de religioso? Saint-Just, na Convenção de Paris: "A Revolução Francesa proclama que a liberdade é uma ideia nova na Europa, e que a felicidade é possível entre os homens." A liberdade e, por acréscimo, a felicidade proclamadas como decreto suscitam todo o tipo de apreensões. "Mas é um princípio", para relembrar o que escreveu o filósofo católico George Santayana.

Tudo está em aberto, como se pressupõe do artigo do padre Borges, aliás minha leitura semanal. É evidente, porém, que o combate à desgraça, à injustiça, à corrupção, às iniquidades sociais configurará, sempre, uma possibilidade moral. E a consequente denúncia de um sistema predador, que torna o homem dependente de uma lógica económica insustentável, é uma imposição a que nenhum homem de bem, nenhuma instituição (como, por exemplo, a Igreja) deve fugir. Essa imposição estabelece um compromisso consigo mesma, afinal um ponto decisivo para se questionar o processo histórico.

A fome, a exclusão, são produtos típicos das novas relações de poder, nascidas da implosão do comunismo. As "regras práticas" indicadas num estudo do pensador Richard D. Precht (desconheço quem seja) e referidas pelo padre Borges, consistem, afinal, na ocupação do cérebro pelo trabalho, na constituição da família, na fruição dos prazeres simples, no entendimento das nossas limitações e na arte de se saber lidar com as dificuldades. Há qualquer coisa de passividade bucólica, nesta espécie de breviário da resignação, onde se lê estas frases surpreendentes: "Não se pode viver obcecado com o futuro. Quem só espera vir a ser feliz, nunca o será."

Pode-se, em recta consciência, acabar com a esperança que a ideia de futuro acalenta e estimula? Não são "os amanhãs que cantam"; é a própria natureza do homem que o impele para a idealidade. Brecht: "Os homens são feitos da mesma matéria de que são feitos os sonhos." A felicidade não se promulga por decreto, mas deve ser uma demanda infatigável e intransigente num mundo que, inclusive, está a perder a fé no homem. Emmanuel Mounier, que muitos cristãos deviam ler com mão profusa, reivindicava, simultaneamente, a revolução espiritual e a revolução das estruturas.

A nossa infelicidade advém de tudo estar submetido à hierarquia do lucro, e de o lucro ter sido erigido à categoria de necessidade total da pessoa humana. Eis a aberração levada ao extremo.