Não te quero senão porque te quero E de querer-te a não querer-te chego E de esperar-te quando não te espero Passa meu coração do frio ao fogo. Te quero só porque a ti te quero, Te odeio sem fim, e odiando-te rogo, E a medida de meu amor viageiro É não ver-te e amar-te como um cego. Talvez consumirá a luz de janeiro Seu raio cruel, meu coração inteiro, Roubando-me a chave do sossego. Nesta história só eu morro E morrerei de amor porque te quero, Porque te quero, amor, a sangue e a fogo. Pablo Neruda
BASTASTE TU Bastou aquele gesto Da tua mão tocar tão docemente a minha Pra nascerem raízes... Que me prendem à terra e me alimentam Nas horas mais vazias
Bastou aquele olhar - O teu olhar tão brando, prolongando-se um pouco sobre o meu – Para iluminar as noites em que a lua se esconde E a escuridão envolve um mundo sem sentido. Bastou esse teu jeito de sorrir, Um sorriso em que vejo despontar a confiança Na vida não vivida, nas emoções ainda não sentidas, Nos passos que ressoam noutros passos Bastaste tu.
Vaidade, Tudo Vaidade!Vaidade, meu amor, tudo vaidade! Ouve: quando eu, um dia, for alguém, Tuas amigas ter-te-ão amizade, (Se isso é amizade) mais do que, hoje, têm.
Vaidade é o luxo, a gloria, a caridade, Tudo vaidade! E, se pensares bem, Verás, perdoa-me esta crueldade, Que é uma vaidade o amor de tua mãe...
Vaidade! Um dia, foi-se-me a Fortuna E eu vi-me só no mar com minha escuna, E ninguém me valeu na tempestade!
Hoje, já voltam com seu ar composto, Mas eu, vê lá! eu volto-lhes o rosto... E isto em mim não será uma vaidade?
Às vezeseu queriaser extravagante para dizer eute amo loucamente. Às vezeseu queriaser bobo a gritar:Eu amo-tetanto!
Às vezeseuqueria seruma criança para lamentarenrolado em teu ventre.
Às vezeseu queriaestar morto sentir, sob aterra molhadados meussucos, ver crescer uma flor quebraro meu peito, uma flore dizer: Esta florpara ti. (Nicolás Guillén, em Havana)
Tive uma amiga que ambicionava escrever poemas de silêncio trabalhou muito até que conseguiu organizar numa mesa de vidro transparente doze folhas brancas de papel em branco com uma jóia em cima de cada uma para cada amigo receber o seu poema de silêncio quando fosse encontrada no robe branco da morte branca que nos oferecia
cheguei a tempo de salvá-la fizeram-lhe a lavagem ao estômago não me perdoou a alma mal lavada nunca mais nos vimos viaja agora de país em país sem jóias sem poemas sem amigos e telefona-me às vezes depois da meia-noite quando o silêncio raspa o vidro da janela
[in Poemas Novos e Velhos, Presença, 2011]
HELDER MACEDO
Levei-a comigo ao rio, pensando que era donzela, porém já tinha marido. Foi na noite de Santiago e quase por compromisso. Os lampiões se apagaram e acenderam-se os grilos. Nas derradeiras esquinas toquei seus peitos dormidos e pra mim logo se abriram como ramos de jacintos. A goma de sua anágua soava no meu ouvido, como uma peça de seda lacerada por dez facas. Sem luz de prata nas copas as árvores têm crescido, e um horizonte de cães ladra mui longe do rio.
*
Passadas as sarçamoras os juncos e os espinheiros, por debaixo da folhagem fiz um fojo sobre o limo. Minha gravata tirei. Tirou ela seu vestido. Eu, o cinto com revólver. Ela, seus quatro corpetes. Nem nardos nem caracóis têm uma cútis tão fina, nem os cristais ao luar resplandecem com tal brilho. Suas coxas me fugiam como peixes surpreendidos, metade cheia de lume, metade cheia de frio. Percorri naquela noite o mais belo dos caminhos, montado em potra de nácar sem bridas e sem estribos. Dizer não quero, homem sendo, as coisas que ela me disse. A luz do entendimento me faz ser mui comedido. Suja de beijos e areia, trouxe-a comigo do rio. A aragem travava luta com as espadas dos lírios. Portei-me como quem sou. Como um gitano legítimo. Uma cesta de costura dei-lhe de raso palhiço e não quis enamorar-me porque tendo ela marido me disse que era donzela quando a levava eu ao rio.
Como queiras, Amor, como tu queiras. Entregue a ti, a tudo me abandono, seguro e certo, num terror tranquilo. A tudo quanto espero e quanto temo, entregue a ti, Amor, eu me dedico.
Nada há que eu não conheça, que eu não saiba, e nada, não, ainda há por que eu não espere como de quem ser vida é ter destino.
As pequeninas coisas da maldade, a fria tão tenebrosa divisão do medo em que os homens se mordem com rosnidos de malcontente crueldade imunda, eu sei quanto me aguarda, me deseja, e sei até quanto ela a mim me atrai.
Como queiras, Amor, como tu queiras. De frágil que és, não poderás salvar-me. Tua nobreza, essa ternura tépida quais olhos marejados, carne entreaberta, será só escárneo, ou, pior, um vão sorriso em lábios que se fecham como olhares de raiva. Não poderás salvar-me, nem salvar-te. Apenas como queiras ficaremos vivos.
Será mais duro que morrer, talvez. Entregue a ti, porém, eu me dedico àquele amor por qual fui homem, posse e uma tão extrema sujeição de tudo.
Olho em volta de mim. Todos possuem Um afecto, um sorriso ou um abraço. Só para mim as ânsias se diluem E não possuo mesmo quando enlaço.
Roça por mim, em longe, a teoria Dos espasmos golfados ruivamente; São êxtases da cor que eu fremiria, Mas a minh'alma pára e não os sente!
Quero sentir. Não sei... perco-me todo... Não posso afeiçoar-me nem ser eu: Falta-me egoísmo para ascender ao céu, Falta-me unção pra me afundar no lodo.
Não sou amigo de ninguém. Pra o ser Forçoso me era antes possuir Quem eu estimasse --- ou homem ou mulher, E eu não logro nunca possuir!...
Castrado de alma e sem saber fixar-me, Tarde a tarde na minha dor me afundo... Serei um emigrado doutro mundo Que nem na minha dor posso encontrar-me?...
Como eu desejo a que ali vai na rua, Tão ágil, tão agreste, tão de amor... Como eu quisera emaranhá-la nua, Bebê-la em espasmos de harmonia e cor!...
Desejo errado... Se a tivera um dia, Toda sem véus, a carne estilizada Sob o meu corpo arfando transbordada, Nem mesmo assim --- ó ânsia! --- eu a teria...
Eu vibraria só agonizante Sobre o seu corpo de êxtases doirados, Se fosse aqueles seios transtornados, Se fosse aquele sexo aglutinante...
De embate ao meu amor todo me ruo, E vejo-me em destroço até vencendo: É que eu teria só, sentindo e sendo Aquilo que estrebucho e não possuo.
Não te rendas, ainda estás a tempo de alcançar e começar de novo, aceitar as tuas sombras enterrar os teus medos, largar o lastro, retomar o voo.
Não te rendas que a vida é isso, continuar a viagem, perseguir os teus sonhos, destravar os tempos, arrumar os escombros, e destapar o céu.
Não te rendas, por favor, não cedas, ainda que o frio queime, ainda que o medo morda, ainda que o sol se esconda, e se cale o vento: ainda há fogo na tua alma ainda existe vida nos teus sonhos.
Porque a vida é tua, e teu é também o desejo, porque o quiseste e eu te amo, porque existe o vinho e o amor, porque não existem feridas que o tempo não cure.
Abrir as portas, tirar os ferrolhos, abandonar as muralhas que te protegeram, viver a vida e aceitar o desafio, recuperar o riso, ensaiar um canto, baixar a guarda e estender as mãos, abrir as asas e tentar de novo celebrar a vida e relançar-se no infinito.
Não te rendas, por favor, não cedas: mesmo que o frio queime, mesmo que o medo morda, mesmo que o sol se ponha e se cale o vento, ainda há fogo na tua alma, ainda existe vida nos teus sonhos. Porque cada dia é um novo início, porque esta é a hora e o melhor momento. Porque não estás só, por eu te amo.
e às vezes as mãos doíam-nos mas amávamos o que construíamos e dávamo-lo ao devir mas há-de haver um tempoum tempo feito com as nossas mãos em que um
horizonte sem limites penetrará pelas janelas adentro dará uma nova cor
aos nossos olhos fará nossos gestos mais lentos mais cheios de música.dias
dávamo-nos o mundo era inteiro era o nosso rosto que víamos e desenhávamos o caminho livre dos filhos
laranja amaciada pela ternura dos dedos mesa medida pela fome que sentíamos tudo era à medida humana até a noite era um berço que construíamos como um ninho
e o tempo era limpo alvoroçado cantava era sempre Abril e Maio era grávido
era um país com olhos de menino
Setembro 03 2015
e às vezes as mãos doíam-nos mas amávamos o que construíamos e dávamo-lo ao devir dos dias
dávamo-nos o mundo era inteiro era o nosso rosto que víamos e desenhávamos o caminho livre dos filhos
laranja amaciada pela ternura dos dedos mesa medida pela fome que sentíamos tudo era à medida humana até a noite era um berço que construíamos como um ninho
e o tempo era limpo alvoroçado cantava era sempre Abril e Maio era grávido
era um país com olhos de menino
Em Homem da Fábrica (Editorial Utopia)os dias
dávamo-nos o mundo era inteiro era o nosso rosto que víamos e desenhávamos o caminho livre dos filhos
laranja amaciada pela ternura dos dedos mesa medida pela fome que sentíamos tudo era à medida humana até a noite era um berço que construíamos como um ninho
e o tempo era limpo alvoroçado cantava era sempre Abril e Maio era grávido
Isto não é um sindicato! É uma Comissão de Utentes. A diferença? Manuel Soares, 62 anos, está no terreno para ouvir o coletivo, contra bairrismos e desperdício de capacidades. Na área da saúde tem desenvolvido, nos últimos 13 anos, uma intensa atividade pela manutenção e qualidade dos serviços no Centro Hospitalar do Médio Tejo e centros/extensões de saúde de Torres Novas. “Durante anos foram cometidos crimes na gestão dos recursos humanos” dos Hospitais, frisa. “Hoje estão a sentir-se as consequências.” Colecionador de pacotes de açúcar (tem mais de 22 mil), Manuel Soares reconhece que é a “ovelha negra” das comissões de utentes. Mas defende com unhas e dentes a sua causa.
A entrevista está marcada para a Casa Sindical de Torres Novas. Quando chegamos, Manuel José Soares está ao telemóvel. Durante as cerca de duas horas que dura a conversa, este tocará várias vezes. A informação está sempre a circular. Os alertas chegam por mensagem, numa rede com várias dezenas de colaboradores que vão fazendo chegar problemas e situações dos serviços públicos de vários pontos do Médio Tejo e Distrito de Santarém. A área da Saúde é considerada a mais importante. Mas Manuel Soares está envolvido em várias causas e não apenas a da Comissão de Utentes de Saúde do Médio Tejo (CUSMT).
Nasceu na Vermelha, concelho do Cadaval, distrito de Lisboa. Por mote próprio ingressou no seminário, onde estudou cinco anos. Daí seguiria para o liceu em Torres Vedras, onde se cruzou com a apresentadora e jornalista Manuela Moura Guedes. “Era uma líder”, recorda, uma jovem que arrastava os colegas com ela e que quase lhe arranjou uma namorada, confidencia. O pai desta seria seu professor de Matemática, disciplina que lhe traria muitas dores de cabeça no futuro.
Ainda ingressou em Economia, no Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE), mas não chegaria a terminar o curso. Com 18 anos começou a trabalhar na instituição que viria a chamar-se INATEL, onde permaneceu uma década. Foi aí que iniciou a sua luta social, através da comissão de trabalhadores, ativismo que lhe traria satisfação mas também vários dissabores. “Acabei por me prejudicar em prol de compromissos que tinha assumido”, confessa. Mudaria de emprego, indo trabalhar para uma empresa familiar durante outros 10 anos. Desde então tem-se dedicado à área comercial e trabalha atualmente no ramo das telecomunicações, refere, sem contudo especificar.
Ao longo deste período casou, divorciou-se, voltou a casar e enviuvou. Tem dois filhos, um dos quais pai dos seus quatro netos. Foi a segunda mulher, Bia, que menciona por diversas vezes ao longo da entrevista, quem o introduziu no universo das comissões de utentes dos serviços de saúde, à qual pertencia. A esposa viria a morrer de cancro.
“Fui sempre a ovelha negra do movimento de utentes a nível nacional, mas a vida tem-me dado razão”, admite. Defende que as Comissões de Utentes dependem sobretudo da organização e persistência! Pertenceu à Comissão de Utentes da Ponte 25 de abril e à Comissão de Utentes da Margem Sul, onde residiu. O ativismo valeu-lhe muitas inimizades. “Há muita coisa que correu mal, mas sempre procurei a comunicação e o trabalho coletivo”, defende. “Só se conseguem resultados com trabalho” e uma Comissão de Utentes só tem voz se trouxer atrás de si as pessoas”.
Meio por acaso, confessa, foi parar a Torres Novas. No concelho reencontrou alguns dos professores que mais o haviam marcado no Seminário, como o Padre Diamantino, instalado em Brogueira, que iniciara a sua consciencialização para as questões políticas e sociais.
Chegado ao Médio Tejo, criam-se as condições para o nascimento da CUSMT, cuja primeira reunião decorreu a 21 de março de 2003. “Já havia algum movimento, com muito boas intenções”, recorda, “houve quem dissesse que estávamos a sonhar, mas conseguimos arrastar muita gente”. Da luta pelos médicos de família nas extensões de saúde ao recente caso do encerramento do Serviço de Cardiologia em Torres Novas, não esquecendo a pediatria, a maternidade, a cirúrgica ou as infeções hospitalares, o CUSMT tem feito denúncia de tudo o que possa afetar a vida dos utentes, propondo soluções e exigindo alternativas ao encerramento de valências.
As reuniões da CUSMT são abertas à população e há uma “comunicação permanente”, através de uma rede de mensagens que envolve mais de 70 pessoas. “Procuramos ir aos problemas concretos”, defende, “nós fazemos opinião! Abrimos caminho”. Mas “somos perfeitamente amadores”, reconhece. “Nós não somos sindicato, somos uma organização que combate o bairrismo e o desperdício de instalações”. “O que nos ouvem dizer é: nós fazemos política. No âmbito dos serviços públicos, no alerta, na denúncia”, etc.
Ao longo dos anos a CUSMT foi ganhando dimensão e contactos e tem hoje um papel importante no serviço de saúde público regional, defende Manuel Soares. “Sempre alertámos que se estava a caminhar para um buraco, que é necessário um plano estratégico”, refere. Em vez disso, “é cada um para seu lado”. “São muitas vezes os erros dos Ministérios que afectam as populações que nos levam a agir”, salienta, não poupando os municípios de Tomar, Torres Novas e Abrantes, onde estão os três hospitais do Médio Tejo, que muitas vezes olham apenas para “o seu cantinho”. “A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo devia ter um plano para o conjunto do Médio Tejo”, defende.
É contra as concentrações de serviços, “que só servem para poupar dinheiro” e não para melhorar os cuidados de saúde; é a favor do novo despacho que permite que a consulta de especialidade seja marcada consoante a proximidade do utente de um certo Hospital, mesmo que não seja o de referência. Admitindo que possa tornar-se uma “situação enviesada”, “não temos dúvidas que a unidade de Torres Novas fica a ganhar com esta situação”.
Defende que as unidades de saúde têm que estar articuladas, nomeadamente a saúde pública, cuidados primários de saúde, cuidados continuados e cuidados hospitalares. Nos cuidados hospitalares, “não somos sonhadores que defendamos que se possa ter tudo, mas há quatro áreas que têm que estar nos três hospitais”, explica, enunciando a medicina interna, as urgências, a cirurgia e a pediatria.
Mas afinal, indagamos, o que se passa com o Centro Hospitalar do Médio Tejo? Abre serviço, encerra serviço, desdobra-se serviço. Qual o problema?
“Durante anos foram cometidos crimes na gestão de recursos humanos”, considera Manuel Soares, o que tem vindo a criar uma série de problemas no atendimento médico. “Há aqui questões de base que têm que ser resolvidas”, afirma, sugerindo a criação de “regras claras sobre quem pode exercer no público, no privado ou nos dois” setores. Discutimos salários, exigências da Ordem dos Médicos, falta de vagas. Manuel Soares comenta: “Mesmo na medicina privada há médicos que são autênticos proletários.”
Apesar de todo o discurso, é um optimista. “As coisas estão a melhorar”, defende por fim, com os Hospitais a reconheceram algumas das sugestões da CUSMT e a procurarem-se alternativas, realizando-se o diálogo construtivo que se pretendia. Em agosto a CUSMT fará duas ações concretas de recolha de informação sobre os serviços públicos: uma dia 6 em Torres Novas (eventualmente Alcanena) e outra a 13, em Abrantes. “O que verificamos é que as pessoas querem falar, expôr os seus casos”, refere, sublinhando que é nesta abertura à população que está a chave do sucesso da estrutura. “As pessoas só são atraídas por algo que está vivo”, frisa.
Muitos querem participar e desistem. Outros vão enviando informação, pedem desculpa por não puderem participar mais vezes. Manuel Soares sabe que esta vida não é fácil. “É preciso gostar, é preciso ter prazer, disponibilidade e capacidade. Por vezes falta algum destes vetores.”
Por tal vai continuando, é a sua luta. Vai ouvindo, vai anotando, vai fazendo os possíveis por cumprir. Gerir pessoas, queixas, frustrações, nem sempre se revela fácil. Mas se fosse fácil não valeria a pena lutar…
Alto lá! Aviso à navegação! Eu não morri: Estou aqui na ilha sem nome, sem latitude nem longitude, perdida nos mapas, perdida no mar Tenebroso!
Sim, eu, o perigo para a navegação! o dos saques e das abordagens, o capitão da fragata cem vezes torpedeada, cem vezes afundada, mas sempre ressuscitada!
Eu que aportei com os porões inundados, as torres desmoronadas, os mastros e os lemes quebrados - mas aportei!
Aviso à navegação: Não espereis de mim a paz!
Que quanto mais me afundo maior é a minha ânsia de salvar-me! Que quanto mais um golpe me decepa maior é a minha força de lutar!
Não espereis de mim a paz!
Que na guerra só conheço dois destinos: ou vencer – ai dos vencidos! – ou morrer sob os escombros da luta que alevantei!
- (Foi jeito que me ficou não me sei desinteressar do jogo que me jogar.)
Não espereis de mim a paz, aviso à navegação!
Não espereis de mim a paz que vos não sei perdoar! Joaquim Namorado, in 'Antologia Poética'