sábado, 31 de dezembro de 2011
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
Ando muito dado à poesia
ODE À AMIZADE
Por teu verbo em passes de mágica
eu te louvo
quando pões «o coração nas mãos»
ou entre
os dentes
«o coração na boca»
Por tua palavra gesto e fruto
que nos tempos dos tempos renovas
eu te louvo
não pelo gesto que és
mas pelo fruto que provas
Por tua faca e suas artes
por teu punho a romper do seio
eu te louvo
pão único que repartes
migalha cortada ao meio
Fome nenhuma fica impune
Teu gume é como golpe na água:
a lâmina que a retalha
é a mesma que a reúne.
Luís Veiga Leitão
Por teu verbo em passes de mágica
eu te louvo
quando pões «o coração nas mãos»
ou entre
os dentes
«o coração na boca»
Por tua palavra gesto e fruto
que nos tempos dos tempos renovas
eu te louvo
não pelo gesto que és
mas pelo fruto que provas
Por tua faca e suas artes
por teu punho a romper do seio
eu te louvo
pão único que repartes
migalha cortada ao meio
Fome nenhuma fica impune
Teu gume é como golpe na água:
a lâmina que a retalha
é a mesma que a reúne.
Luís Veiga Leitão
domingo, 25 de dezembro de 2011
Do António Gedeão
Dia de Natal
Hoje é dia de ser bom.
É dia de passar a mão pelo rosto das crianças,
de falar e de ouvir com mavioso tom,
de abraçar toda a gente e de oferecer lembranças.
É dia de pensar nos outros— coitadinhos— nos que padecem,
de lhes darmos coragem para poderem continuar a aceitar a sua miséria,
de perdoar aos nossos inimigos, mesmo aos que não merecem,
de meditar sobre a nossa existência, tão efémera e tão séria.
Comove tanta fraternidade universal.
É só abrir o rádio e logo um coro de anjos,
como se de anjos fosse,
numa toada doce,
de violas e banjos,
Entoa gravemente um hino ao Criador.
E mal se extinguem os clamores plangentes,
a voz do locutor
anuncia o melhor dos detergentes.
De novo a melopeia inunda a Terra e o Céu
e as vozes crescem num fervor patético.
(Vossa Excelência verificou a hora exacta em que o Menino Jesus nasceu?
Não seja estúpido! Compre imediatamente um relógio de pulso antimagnético.)
Torna-se difícil caminhar nas preciosas ruas.
Toda a gente se acotovela, se multiplica em gestos, esfuziante.
Todos participam nas alegrias dos outros como se fossem suas
e fazem adeuses enluvados aos bons amigos que passam mais distante.
Nas lojas, na luxúria das montras e dos escaparates,
com subtis requintes de bom gosto e de engenhosa dinâmica,
cintilam, sob o intenso fluxo de milhares de quilovates,
as belas coisas inúteis de plástico, de metal, de vidro e de cerâmica.
Os olhos acorrem, num alvoroço liquefeito,
ao chamamento voluptuoso dos brilhos e das cores.
É como se tudo aquilo nos dissesse directamente respeito,
como se o Céu olhasse para nós e nos cobrisse de bênçãos e favores.
A Oratória de Bach embruxa a atmosfera do arruamento.
Adivinha-se uma roupagem diáfana a desembrulhar-se no ar.
E a gente, mesmo sem querer, entra no estabelecimento
e compra— louvado seja o Senhor!— o que nunca tinha pensado comprado.
Mas a maior felicidade é a da gente pequena.
Naquela véspera santa
a sua comoção é tanta, tanta, tanta,
que nem dorme serena.
Cada menino
abre um olhinho
na noite incerta
para ver se a aurora
já está desperta.
De manhãzinha,
salta da cama,
corre à cozinha
mesmo em pijama.
Ah!!!!!!!!!!
Na branda macieza
da matutina luz
aguarda-o a surpresa
do Menino Jesus.
Jesus
o doce Jesus,
o mesmo que nasceu na manjedoura,
veio pôr no sapatinho
do Pedrinho
uma metralhadora.
Que alegria
reinou naquela casa em todo o santo dia!
O Pedrinho, estrategicamente escondido atrás das portas,
fuzilava tudo com devastadoras rajadas
e obrigava as criadas
a caírem no chão como se fossem mortas:
Tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá.
Já está!
E fazia-as erguer para de novo matá-las.
E até mesmo a mamã e o sisudo papá
fingiam
que caíam
crivados de balas.
Dia de Confraternização Universal,
Dia de Amor, de Paz, de Felicidade,
de Sonhos e Venturas.
É dia de Natal.
Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade.
Glória a Deus nas Alturas.
Hoje é dia de ser bom.
É dia de passar a mão pelo rosto das crianças,
de falar e de ouvir com mavioso tom,
de abraçar toda a gente e de oferecer lembranças.
É dia de pensar nos outros— coitadinhos— nos que padecem,
de lhes darmos coragem para poderem continuar a aceitar a sua miséria,
de perdoar aos nossos inimigos, mesmo aos que não merecem,
de meditar sobre a nossa existência, tão efémera e tão séria.
Comove tanta fraternidade universal.
É só abrir o rádio e logo um coro de anjos,
como se de anjos fosse,
numa toada doce,
de violas e banjos,
Entoa gravemente um hino ao Criador.
E mal se extinguem os clamores plangentes,
a voz do locutor
anuncia o melhor dos detergentes.
De novo a melopeia inunda a Terra e o Céu
e as vozes crescem num fervor patético.
(Vossa Excelência verificou a hora exacta em que o Menino Jesus nasceu?
Não seja estúpido! Compre imediatamente um relógio de pulso antimagnético.)
Torna-se difícil caminhar nas preciosas ruas.
Toda a gente se acotovela, se multiplica em gestos, esfuziante.
Todos participam nas alegrias dos outros como se fossem suas
e fazem adeuses enluvados aos bons amigos que passam mais distante.
Nas lojas, na luxúria das montras e dos escaparates,
com subtis requintes de bom gosto e de engenhosa dinâmica,
cintilam, sob o intenso fluxo de milhares de quilovates,
as belas coisas inúteis de plástico, de metal, de vidro e de cerâmica.
Os olhos acorrem, num alvoroço liquefeito,
ao chamamento voluptuoso dos brilhos e das cores.
É como se tudo aquilo nos dissesse directamente respeito,
como se o Céu olhasse para nós e nos cobrisse de bênçãos e favores.
A Oratória de Bach embruxa a atmosfera do arruamento.
Adivinha-se uma roupagem diáfana a desembrulhar-se no ar.
E a gente, mesmo sem querer, entra no estabelecimento
e compra— louvado seja o Senhor!— o que nunca tinha pensado comprado.
Mas a maior felicidade é a da gente pequena.
Naquela véspera santa
a sua comoção é tanta, tanta, tanta,
que nem dorme serena.
Cada menino
abre um olhinho
na noite incerta
para ver se a aurora
já está desperta.
De manhãzinha,
salta da cama,
corre à cozinha
mesmo em pijama.
Ah!!!!!!!!!!
Na branda macieza
da matutina luz
aguarda-o a surpresa
do Menino Jesus.
Jesus
o doce Jesus,
o mesmo que nasceu na manjedoura,
veio pôr no sapatinho
do Pedrinho
uma metralhadora.
Que alegria
reinou naquela casa em todo o santo dia!
O Pedrinho, estrategicamente escondido atrás das portas,
fuzilava tudo com devastadoras rajadas
e obrigava as criadas
a caírem no chão como se fossem mortas:
Tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá.
Já está!
E fazia-as erguer para de novo matá-las.
E até mesmo a mamã e o sisudo papá
fingiam
que caíam
crivados de balas.
Dia de Confraternização Universal,
Dia de Amor, de Paz, de Felicidade,
de Sonhos e Venturas.
É dia de Natal.
Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade.
Glória a Deus nas Alturas.
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Entre as mensagens de boas-festas vinha este texto
NÃO TE VOU DESEJAR UM FELIZ ANO NOVO.
Não te vou desejar que no próximo ano encontres paz e felicidade permanentes.
Não te vou desejar que superes todas as tuas metas e venças todos os desafios, encontres alegria no amor, fiques rico e sejas sempre a pessoa mais linda e simpática do planeta (mas vou-te desejar saúde. Porque com saúde não se brinca).
Não te vou desejar que 2012 seja o melhor ano de todos os anos da tua vida.
365 dias é muito pouco para todas as conquistas, todos os desafios e tudo o mais que desejas fazer, ser e ter.
Este ano, quero-te desejar outra coisa.
Desejo que te lembres de todas as conquistas que tiveste. Que olhes para trás e vejas tudo o que aprendeste, te lembres de todas as pessoas que te apoiaram e quem foste em todas essas situações.
Que determines a vida que queres levar. De repente não é a que tens agora, a que os teus pais querem que tenhas. Ou o teu amor. Ou os teus amigos. Ou toda a gente que te rodeia. Pára e pensa na vida que queres ter.
Escolhe as pessoas que te acompanharão. Aquelas que abraçam, que te dão apoio em todos os momentos. Escolhe as que queres ao teu lado e querem estar ao teu lado.
Descobre o que te dá prazer e trabalha para que seja constante no teu dia-a-dia.
Faz o que amas e ama o que fazes.
Reconhece as características tuas de que não gostas e aprenda a mudá-las (ou aceitá-las). Podes ser uma pessoa melhor todos os dias. Porque quem queres ser já está dentro de ti. Então, procura. Insiste. E não desistas.
Sim, um ano inteiro é muito pouco para tantos desejos.
Então, vamos lá.
Procura dentro de ti a força de que precisas.
Respira fundo.
Começa.
Agora.
A tua vida está à espera.
Feliz vida!!
Não te vou desejar que no próximo ano encontres paz e felicidade permanentes.
Não te vou desejar que superes todas as tuas metas e venças todos os desafios, encontres alegria no amor, fiques rico e sejas sempre a pessoa mais linda e simpática do planeta (mas vou-te desejar saúde. Porque com saúde não se brinca).
Não te vou desejar que 2012 seja o melhor ano de todos os anos da tua vida.
365 dias é muito pouco para todas as conquistas, todos os desafios e tudo o mais que desejas fazer, ser e ter.
Este ano, quero-te desejar outra coisa.
Desejo que te lembres de todas as conquistas que tiveste. Que olhes para trás e vejas tudo o que aprendeste, te lembres de todas as pessoas que te apoiaram e quem foste em todas essas situações.
Que determines a vida que queres levar. De repente não é a que tens agora, a que os teus pais querem que tenhas. Ou o teu amor. Ou os teus amigos. Ou toda a gente que te rodeia. Pára e pensa na vida que queres ter.
Escolhe as pessoas que te acompanharão. Aquelas que abraçam, que te dão apoio em todos os momentos. Escolhe as que queres ao teu lado e querem estar ao teu lado.
Descobre o que te dá prazer e trabalha para que seja constante no teu dia-a-dia.
Faz o que amas e ama o que fazes.
Reconhece as características tuas de que não gostas e aprenda a mudá-las (ou aceitá-las). Podes ser uma pessoa melhor todos os dias. Porque quem queres ser já está dentro de ti. Então, procura. Insiste. E não desistas.
Sim, um ano inteiro é muito pouco para tantos desejos.
Então, vamos lá.
Procura dentro de ti a força de que precisas.
Respira fundo.
Começa.
Agora.
A tua vida está à espera.
Feliz vida!!
domingo, 18 de dezembro de 2011
sábado, 17 de dezembro de 2011
Sobre economia 1
Se o Estado português precisasse de dinheiro não ia vender a EDP a quem oferece metade de outros concorrentes!
domingo, 11 de dezembro de 2011
O Outono, na Chamusca
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Foi o primeiro clube com um cantinho no meu coração
O Sport Grupo Scalabitano "Os Leões" vai realizar um almoço convívio para comemorar o centésimo aniversário do antigo clube que, anos mais tarde, deu origem ao União de Santarém. A festa vai realizar-se na quinta-feira, 8 de Dezembro, (feriado), no restaurante Adiafa, junto ao Campo da Feira, em Santarém. O almoço destina-se a todos os jogadores, dirigentes, familiares e simpatizantes. Para mais informações contactar Gil Vinagre (912 214 730), Ernesto Costa (939 572 682) ou o 243 322 712.
Lembro-me do Carlos Nunes, à baliza; do João, avançado-centro; do Galveias, estremo-direito; do jogo Leões - Académica de Coimbra (jogavam os irmãos Campos, o Nene, o Manuel António, ...).
domingo, 4 de dezembro de 2011
Sou um verdadeiro
sábado, 3 de dezembro de 2011
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
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