domingo, 27 de setembro de 2009

DESABAFOS (4) - Infelizmente, além da minha, há outras más experiências empresariais

O meu percurso empresarial não é exemplo para ninguém. Mas, infelizmente, verifico que a maior parte dos empresários a quem tenho prestado serviços não estão a fazer melhor. Mau para eles e para mim, pois da actividade deles dependem os meus parcos rendimentos.
Somados todos os inêxitos ao nível da microeconomia, não podemos esperar o contrário quando analisamos a economia nacional, em termos macroeconómicos.
Os trabalhadores portugueses são do melhor que há, provam-no quando estão em empresas bem organizadas, cá e no estrangeiro. Ao contrário, quanto a empresários...

domingo, 20 de setembro de 2009

DESABAFOS (3) - Disseram alguma coisa antes?

Ao longo dos últimos meses, ao mínimo debate sobre a situação económica e social, muitos dos meus interlocutores apresentavam a desculpa de que a crise era consequência dos problemas da organização e abusos de dirigentes mundiais, quer nos governos quer nas empresas.
Umas vezes, com mais paciência que outras, lá ia dizendo que não concordava com essas respostas simplistas, argumentando que as nossas insuficiências socio-económicas não eram de agora, mas que se vinham a agravar ao longo dos anos. E dava exemplos, como a destruição do nosso aparelho produtivo, a nossa estrutura empresarial,...
É altura de lançar mais um argumento: conhecem alguma intervenção de governantes portugueses contra a ordem política e económica imposta ao mundo pelos que dominam as organizações internacionais? Ninguém se lembrará de tal desiderato, antes de uma certa "concordância canina" de obediência aos donos do mundo.
Agora, não vale a pena chorar lágrimas de crocodilo.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

DESABAFOS (2) – Estou errado?

Quer nas actividades profissionais, quer nas actividades sócio-políticas há responsáveis pelas organizações onde vou dando o meu contributo.

Assumo com todas as minhas energias as diversas tarefas que me incumbem. Mas para que estas tenham algum êxito é preciso definir uma estratégia clara e galvanizadora, acompanhar a sua concretização e depois analisar os resultados.

Quando não há trabalho de equipa e se deixa cada um à sua sorte, para além dos considerando que se podem fazer sobre o comportamento dos diversos agentes, apenas por mero acaso e sorte, os resultados, quando os há, poderão ser positivos.

domingo, 13 de setembro de 2009

DESABAFOS (1) - Exigir em vez de agradecer

Vejo e ouço alguma gente expressar o seu agradecimento, e até fazendo reparos a quem não tem essa postura, perante as decisões e obras deste ou daquele cidadão que foi eleito e/ou nomeado para determinados cargos políticos e/ou públicos.

Não percebo tanta admiração e tanta reverência, pois mais não fazem do que aplicar (uns melhor que outros) as verbas que lhe são colocadas à disposição. Cumprem a sua tarefa e são pagos para isso. Eles, e toda uma máquina de assessores políticos, técnicos e de imagem. A isto junta-se toda a estrutura orgânica e material das instituições de que são responsáveis. Para não falarmos, nas assessorias externas.

Com toda esta panóplia de meios ao serviço dos políticos eleitos e nomeados, nós, os simples cidadãos (muitos dos quais verdadeiros voluntários a trabalhar graciosamente para as comunidades onde estão inseridos), apenas devemos exigir que cumpram o seu dever.

domingo, 6 de setembro de 2009

Festa do Avante 2009 (4)

Em certos momentos havia a impressão de que não cabia mais gente no recinto. Era difícil andar de um lado para outro. Felizmente para compensar as longas filas dos queriam entrar, outros iam saindo. O êxito, ainda ganha maior dimensão, quando se sabem os nomes de dezenas de amigos e conhecidos que gostariam de lá estar... mas que por respeitáveis motivos acabam por estar ausentes. Que vão no próximo ano!

Festa do Avante 2009 (3)

Publicamente tem de se reconhecer o trabalho voluntário, para que a Festa seja também um êxito e exemplo de organização. Por vezes dou por mim a pensar na resistência física e anímica que os militantes comunistas e amigos têm de ter para estes dias de autêntica loucura. Imaginem uma empresa com mais de uma dezena de milhar de trabalhadores, que fornece centenas de serviços diferentes a centenas de milhares de visitantes durante três dias... Será que existe?! Duvido. Mas tenho a certeza de que um Partido que organiza um acontecimento destes... só o pode fazer porque acredita no povo e este, pelo menos, respeita-o.

Festa do Avante 2009 (2)

Quem visitar a Festa com olhos de ver, tem de chegar à conclusão que não há “festa com esta!”. Primeiro, é a maior e única festa política-cultural do País. Segundo, é inter geracional (vê-se gente dos o a mais de oitenta, sendo mais de metade com menos de 30 anos). Terceiro, em mais nenhum se tem o prazer de estar ao mesmo tempo num festival gastronómico, numa rave, num festival de folclore, num concerto de rock, em jogos tradicionais e em mais de 20 modalidades desportivas, na exposição científica e numa bienal de artes plásticas, no meio de um debate político e um encontro de dezenas de amigos, utilizar as últimas tecnologias de informação e recordar como eram os prelos da imprensa clandestina.... E tudo isto, feito por milhares e milhares de voluntários, num cenário natural de excelência de onde se vê o Tejo com diversos enquadramentos, tendo ao fundo quase toda a Lisboa. Tudo isto, na Quinta da Atalaia – Seixal.

Festa do Avante 2009 (1)

Poema de António Gedeão
na Espaço Ciência


TUDO É FOI

Fecho os olhos por instantes.
Abro os olhos novamente.
Neste abrir e fechar de olhos
já todo o mundo é diferente.

Já outro ar me rodeia;
outros lábios o respiram;
outros aléns se tingiram
de outro Sol que os incendeia.

Outras árvores se floriram;
outro vento as despenteia;
outras ondas invadiram
outros recantos de areia.

Momento, tempo esgotado,
fluidez sem transparência.
Presença, espectro de ausência,
cadáver desenterrado.

Combustão perene e fria.
Corpo que a arder arrefece.
Incandescência sombria.
Tudo é foi. Nada acontece.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

AGORA, É A DOER...

Por muito que tentasse remar contra a maré a verdade é que acabei por ser contagiado pelo ambiente de "férias". Agosto foi um tempo vivido em intermitência. Ora andava entusiasmado e fazia umas coisas, ora me deixava levar pelo "deixa andar"... Em conclusão, muitas tarefas das minhas diversas frentes de actividade ficaram por executar.

Agora, e pela força dos acontecimentos, nem vai dar tempo para respirar. As solicitações do exterior e a vontade de concretizar os meus próprios compromissos obrigam-me a fazer um mês de Setembro, com muito empenho, paciência e argúcia. Vamos lá ver é se tenho energia para tanto.