sábado, 23 de outubro de 2010

Já não dizem coisa com coisa. Nem têm vergonha na cara


Há poucos minutos Sócrates, na TV, diz que PS significa "confiança". Resolvo transcrever um texto que vem num semanário. E tiro conclusões.

"O défice de 4,6% do PIB que o Governo se propõe atingir no Orçamento para 2011 é possível sem novos PEC, sem mais impostos, sem mais cortes nos salários?
E é credível quando o Governo é já o único a prever um crescimento de 0,2% e todos os organismos internacionais apontam uma recessão inevitável e um crescimento negativo que pode chegar a -1,8%?

«Tivemos o cuidado de uma prudência acrescida na previsão da receita», alega o ministro Teixeira dos Santos. Ora, a verdade é que, em 2009 como em 2010, este Governo e o seu ministro das Finanças falharam clamorosamente, tanto nas previsões das receitas como no descontrolo das despesas. E ocultaram deliberadamente esse facto aos portugueses.

Em 2009, recorde-se, José Sócrates e Teixeira dos Santos começaram por colocar o défice em 2,2%, subiram-no em Maio para 5,9% e assim o mantiveram obstinadamente até passarem as legislativas de Setembro. Como há dias salientava o economista Vítor Bento: «Chegámos ao final do ano com um défice que era quase o dobro do que fora divulgado pelo Governo até às eleições». O défice de 2009 ficou em 9,3%.

Em 2010, sublinhe-se, Sócrates e o seu ministro das Finanças estabeleceram a meta de 7,3% para o défice. Para a cumprir, já lançaram três PEC e, apesar disso, continuam a esconder o verdadeiro estado das contas públicas e o descalabro em que se encontra o défice.

No meio deste inadmissível apagão informativo, vai-se sabendo que o défice estava em 9,4% no final de Junho. E que a despesa do Estado continuou a crescer irresponsavelmente nestes últimos meses. Sem a cosmética dos 2.600 milhões do fundo de pensões da PT, o défice real de 2010 ficará - apesar dos cortes dos PEC e do aumento da carga fiscal - em valores próximos dos 9% ou 10%.

O jovem socratista Fernando Medina, chamado há pouco a substituir como porta-voz do PS o desaparecido Tiago Silveira, que foi rapidamente consumido pelas labaredas do cargo, vem agora dizer-nos que «o objectivo central é a aprovação de um Orçamento credível na redução do défice». Credível?! Com o passado recente de falhanços, omissões e mentiras do Governo, pensará que ainda alguém o leva a sério? A ele, a Sócrates ou a Teixeira dos Santos?"

Por estas e por outras não há qualquer dúvida no meu apoio à

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