segunda-feira, 15 de agosto de 2011

DESABAFO!

(Hesitei em escrever este texto. Se o não fizesse não ficaria tranquilo. Não há nada como a consciência do dever cumprido para nos deixar bem connosco ).

Dia sim dia não os ministros anunciam o agravamento das condições de vida dos portugueses. Nos dias de intervalo saiem decretos-lei, portarias, despachos, normas directivas que concretizam as piores espectativas, algumas nem previamente anunciadas.

Entretanto, as forças da resistência parece que entraram mesmo em férias e mostram-se incapazes de responder. As desculpas são as mais variadas. Pesfeitamente aceitáveis para tempos normais, não para os que correm. E dizem: o pessoal está de férias. A malta anda cansado. As populações andam assustadas, mas conformadas.

O lema “A luta não vai de férias” está longe de corresponder à realidade. Exceptuando, uma ou outra acção local, não há debate para a acção. Nem há acção nem informação. A resistência ao Governo, tirando uma ou outra declaração aos órgãos da comunicação social sobre as “maldades” governamentais, é muito fraca.

O próprio Avante na penúltima página da última edição é um espelho do que atrás afirmei. Fica-se pelo anúncio de umas dezenas de excursões à Festa e mais uma meia dúzia de iniciativas meio politicas, meio gastronómicas. Mas, pode-se dar o caso de o povo se mobilizar face ao exemplo em tarefas técnicas de centenas/milhares de militantes no levantamento da Festa??!!!

Ou isto muda, ou o Governo, o patronato e os mandantes internacionais vão deitar abaixo tudo o que resta de direitos sociais, económicos e políticos.

Mas haja esperança. Citando “ninguém que é roubado, aplaude ou faz acordos com o ladrão”.

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