segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

OLHAM, MAS NÃO SABEM

Não sabem da vontade
em viver
do ultrapassar das barreiras

Não sabem da verticalidade
na defesa
de uma causa

Não sabem do imenso mundo
que se vê
nos olhos abertos

Não sabem da alegria
de ter
uma boa conversa

Não sabem da ternura
de um segredo
ao ouvido

Não sabem do formigueiro
de uma carícia suave
dos dedos

Não sabem do calor
de um beijo
trocado no escuro

Não sabem do êxtase
na entrega
dos corpos

Não ouvem, não entendem
nem imaginam, nem compreendem

Não saberão
das vontades e dos poemas
de um homem com razão
e com coração.

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