Ao longo dos últimos meses, ao mínimo debate sobre a situação económica e social, muitos dos meus interlocutores apresentavam a desculpa de que a crise era consequência dos problemas da organização e abusos de dirigentes mundiais, quer nos governos quer nas empresas.
Umas vezes, com mais paciência que outras, lá ia dizendo que não concordava com essas respostas simplistas, argumentando que as nossas insuficiências socio-económicas não eram de agora, mas que se vinham a agravar ao longo dos anos. E dava exemplos, como a destruição do nosso aparelho produtivo, a nossa estrutura empresarial,...
É altura de lançar mais um argumento: conhecem alguma intervenção de governantes portugueses contra a ordem política e económica imposta ao mundo pelos que dominam as organizações internacionais? Ninguém se lembrará de tal desiderato, antes de uma certa "concordância canina" de obediência aos donos do mundo.
Agora, não vale a pena chorar lágrimas de crocodilo.
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